terça-feira, 20 de setembro de 2016

Palestra na Matriz de Campinas - Amor Exigente

















Palestra: Pais e Filhos - Família.












CRIANÇA SE ESTRESSA? SIM!




                      CRIANÇA SE ESTRESSA? SIM!



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Fabíola Sperandio Teixeira do Couto
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais


Este é um assunto que tem me preocupado muito: bebês, crianças e adolescentes apresentando momentos de fúria e nervosíssimo. Você já havia parado para pensar que um bebê também pode se estressar?
No nosso mundo adulto, temos a ideia ou relacionamos estresse a dificuldades financeiras, a um curso que iniciamos, a obrigações familiares e acreditamos, que um bebê ou uma criança, por só dormir, brincar e ir ao berçário ou escola, não tem o menor motivo para vivenciar um estresse.
Então, o que pode estressar este ser que acabou de chegar? Crianças estão como uma antena ou radar, captando tudo ao seu redor. E ao sentir algo acontecendo no ar ou receber os cuidados necessários, como uma troca de fralda ou uma alimentação de uma maneira agitada por parte do cuidador, ela recebe toda essa energia desarmoniosa e fica incomodada. Ela devolve o que recebe.
Estamos recebendo crianças com um grau elevado de ansiedade. Não é preciso ser nenhum especialista para perceber quando uma criança está fora do grau de ansiedade além do nível da normalidade. Crianças que não sabem aguardar sua vez, que não conseguem esperar os pais terminarem uma conversa para responder-lhes, que precisam ser satisfeitas imediatamente, apresentam sinais interessantes para investigarmos. Outro fator de observação do estresse e ansiedade é quando a criança começa a queixar-se frequentemente de dores de cabeça, barriguinha que aperta, enjoos estomacais, coraçãozinho disparado, dificuldade de concentrar-se em atividades simples, que antes eram corriqueiras. Um terceiro aspecto muito importante é uma mudança de comportamento apresentando agressividade. De repente tudo irrita e gera uma ação de devolução agressiva. 
Precisamos analisar com cuidado a criança que apresenta um comportamento repentino, que beira a um ataque de nervos. Para exemplificar, narrarei um exemplo recente. Uma criança se sentiu contrariada e rejeitada pelas colegas. Não conseguiu digerir tal frustração. Sua reação foi, imediatamente, extravasar a sua raiva, descontando fisicamente na colega que ela atribuiu ser a pivô da rejeição. Com uma atitude inesperada e impulsiva, essa criança gritava e batia em sua colega de forma incontrolável. Ao tentar ser contida por um adulto, ela agrediu a adulta também. Nada freava sua ira. Afastada da cena, na tentativa de acalmá-la, ela ainda se sentia muito nervosa e com vontade de agredir. Palavras e gestos eram facilmente gerados por ela. Um vocabulário adulto e muito elaborado. Mostrava-se uma criança culta e articulada. E, para o espanto de todos, a protagonista desta cena tinha apenas 8 anos de idade.
Por que nossas crianças estão tão impulsivas, ansiosas, agressivas e desequilibradas emocionalmente? Precisamos, urgentemente, rever nossos hábitos, repensar nossas atitudes. Se somos seus espelhos, precisamos rever o que temos refletido. Está na hora de buscar mais ações e menos julgamentos e “falatórios”.
E quais são as dicas para evitar essa ansiedade e os ataques de fúrias dos nossos pequenos?  Vamos reviver a sabedoria dos nossos avós.
1-    Proporcione mais momentos ao ar livre. Saia para brincar com seu filho em parques e quintais. Não é levá-los e deixá-los lá e você, de longe, no celular. É brincar com ele.
2-    Conte mais histórias. Deite na cama com ele, no sofá, no tapete, no gramado e conte histórias com as quais ele possa “voar” no imaginário.
3-    Proporcione momentos em que possam se sujar com tinta, lama, grama. Deixe-o sentir texturas e temperaturas em seu corpinho. Tudo isso, uma boa água limpará.
4-    Organize lanches com ele, ou seja, ele o ajudando a preparar. Desperte o paladar dele com sabores saudáveis. Brinque com o momento de produzir o alimento e depois, com o prazer de degustar.
5-    Cante com o seu filho. Cante no carro, no banho, no parque. Permita que extravase através da canção. Deixe soltar a voz. Solte a voz com ele.
6-    Ria muito com seu filho. Ache graça dos desastres e da falta de jeito de ambos. Rir juntos aproxima e dá leveza.
7-    Converse com seu filho. Conversar é também ouvir. Ouça com atenção o que ele tem a dizer. Sentir-se escutado é maravilhoso.
8-    Por último, permita-se ser criança com seu filho. Permita a troca de afeto e amor. Ame seu filho como ele é e o ensine a amá-lo como você é. Menos críticas e mais ajuda mútua.
Que, com estas ações, possamos proporcionar à família menos ataques de nervos e mais ataques de saúde familiar.  


POR QUE ESTAMOS ENVOLVENDO AS CRIANÇAS NO MUNDO ADULTO?

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POR QUE ESTAMOS ENVOLVENDO AS CRIANÇAS NO MUNDO ADULTO? 

Fabíola Sperandio Teixeira do Couto
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais


Não é raro ser preciso acolher crianças e adolescente em minha sala com um aspecto bem característico de uma ansiedade ou de uma crise de medo. Basta uma conversa acolhedora que logo vão contando o que estão sentindo no campo físico e emocional.

Não estamos atentos a que as crianças estão participando de uma série de situações que de longe elas não possuem alcance em sua maturidade. Famílias que sequer possuem cuidado em separar ambientes de crianças e adultos.

Muitas vezes me remeto a lembranças da época de quando os pais recebiam visitas e os filhos tinham que ir para outro ambiente brincar. Era uma proteção instintiva ou uma sabedoria por vivência, experiência de vida. Hoje, agimos como se essa privacidade fosse desnecessária. Crianças escutam as conversas dos adultos e ainda se sentem no direito de dar palpite ou são convidadas a opinar.

Toda esta inserção antecipada está produzindo sentimentos e emoções desfavoráveis aos nossos pequenos. Crianças que escutam detalhes da separação de um parente próximo, muitas vezes passam uma noite ou parte dela em claro, pensando na possibilidade dos pais se separarem também. Crianças que presenciam conversas sobre doenças de um ente querido passam a fantasiar com a possibilidade de perder um dos pais também.

Lembro-me de que meus pais me colocavam para dormir assim que era anunciado o início do Fantástico, no domingo. Mesmo no quarto, por muitas vezes eu ouvia a notícia de um meteoro a caminho. Pronto! Era o suficiente para temer o fim do mundo, para chorar por pensar que meus pais morreriam e para morrer de medo do tema musical do programa.

Vejo mesas enormes em restaurantes com até quatro famílias reunidas e as crianças na mesma mesa, ouvindo sobre negócios, “fofocas” de adultos como traições e desrespeito, formando conceitos de relacionamentos conjugais, traições entre sócios, corrupções políticas de pessoas muito próximas, entre outros assuntos. Nem de longe estas mesmas famílias descuidadas estão percebendo que as crianças estão absorvendo todo este conteúdo e “digerindo-o” de uma forma imatura que só pode gerar insegurança na convivência com o outro.

Enquanto participam de tal cenário, as crianças entram em um círculo de pensamento construtivo, passando pela emoção e pela construção do comportamento a curto e longo prazo. O assunto fica latejante em sua mente e ela começa a elaborar aprendizados. Este movimento pode produzir uma ansiedade ou um medo enorme de se relacionar e até de crescer. Crescer significará ser inserido neste mundo apresentado nas rodas de conversas dos adultos.

Enquanto em sua solidão de pensamento, ela reelabora tudo o que ouviu, podendo ativar um conjunto de sensações físicas e emoções geradas pelos conceitos e crenças construídas. Estas emoções podem levar a uma dimensão tão incontrolável que ela passa a não conseguir ser mais forte que o medo produzido. E a sensação aliada à construção de conceitos gera uma resposta emocional de ansiedade, medo e até pânico.

Crianças pequenas têm apresentado palpitações, sudorese excessiva nas mãozinhas e pés (extremidades), dificuldade na respiração, perda de sono no meio da noite ou dificuldade para dormir e choro sem conseguir explicar o motivo.
Muitas vezes todas estas sensações estão trazendo um comportamento regressivo aos nossos pequenos: busca de colo constantemente, pedido para dormir com os pais, queixa de dores e mal-estar na escola, desistência de aulas esportivas e lúdicas, regressão com os cuidados na higiene pessoal e até alimentar.

É muito importante um despertar para os adultos sobre como estamos agindo na frente das nossas crianças. Precisamos leva-las a todos os eventos sociais? Aquela velha conversa de “onde não cabem meus filhos, não nos cabe” precisa ser repensada. “Programa de adulto é de adulto”, parece uma frase óbvia, mas precisa ser repetida muitas vezes.  As famílias precisam proporcionar momentos com as crianças em família e momentos do casal com adultos. Isso é muito sadio para a relação familiar.

É preciso rever alguns hábitos da tal modernidade. Vamos pensar nisso? 



Mamãe, eu não quero mais ser amigo do José.

Mamãe, eu não quero mais ser amigo do José.


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Fabíola Sperandio Teixeira do Couto
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais


Quantas vezes nos surpreendemos com as oscilações dos nossos filhos em suas amizades? De repente o melhor amigo já não é tão interessante, mas inesperadamente a gente escuta: “Mamãe, posso convidar o José para passar o final de semana comigo? ” “Ué, mas você não estava triste com o José ainda ontem? ” “Vai explicar”, indigna-se a mãe.

Eu não vou explicar, vou propor um pensar. Todo esse vai e volta proporciona um amadurecimento na construção social, por isso não podemos ir até “o José” para intervir a favor do nosso filho. Devemos sim fazer o nosso pequeno refletir sobre os acontecimentos que o levaram se magoar com o amigo.

Relacionar traz muito crescimento porque proporciona lidar com prazer e sofrimento ao mesmo tempo. E é assim que nossos filhos irão aprendendo que estamos inseridos em um mundo que não é totalmente bom nem totalmente ruim. E esse movimento revela as diferenças entre eu e o outro ou os outros.

Nossas crianças e adolescentes, quando fazem novas amizades, depositam uma enorme expectativa no mais novo (a) amigo (a), acredita que corresponderá exatamente aos ideais criados em sua mente. O tempo vai passando e a expectativa enorme traz grandes frustrações. E por que isso acontece? Porque buscamos o que desejamos ter no próximo (o imaginário) e não nos permitimos verdadeiramente conhecer e aceitar o outro como ele é e com o que tem a nos oferecer e nos acrescentar. Essa gangorra entre o que espero e o que recebo nos torna reais.

Um outro ponto muito importante é buscar entender o motivo do desencantamento partindo do que você conhece do seu filho e do que você vê no amigo eleito. Explico. Muitas vezes desistimos de alguém por ver nesta pessoa o que chamamos da técnica do espelho. O outro reflete o que eu tenho e é ruim e não consigo lidar com isso. Esta percepção está, no caso dos nossos pequenos, no campo do inconsciente. É como se eu dissesse com o afastamento: “Não consigo lidar comigo mesmo. ” Exemplo: uma criança possessiva que encontra uma amiga a qual também é possessiva. Ela, sendo privada de fazer novas amigas, depara com os sentimentos que o autoritarismo proporciona (privação), que é o que ela faz com as demais amiguinhas. Imediatamente, e inconscientemente afasta a amiga o que a faz pensar em suas ações parecidas.

Acontece que esse movimento é extremamente saudável para o caminhar da vida adulta. 

Quando um adulto conhece uma pessoa, ele também faz projeções e exceptivas e, este vivenciar na infância e adolescência permitirá chegar à vida adulta mais preparado e maduro. Ao apontarmos um dedo para alguém, três outros dedos apontam, automaticamente, para nós. Se determinadas “diferenças” do outro me incomodam tanto, talvez o outro não seja tão diferente de mim, não é mesmo? Daí uma excelente oportunidade de conhecer seu filho. Dialogue sobre os seus incômodos e frustrações em relação aos amigos e o conhecerá muito mais do que pensa. O que ele rejeita no outro poderá ser o que ele nega em seu ser.

Esta reflexão que proponho nos permite repensar até nos nossos papéis. Adultos também chegam à vida amorosa ou social sem perceber que muitas vezes rejeitamos o outro por nos perceber em suas atitudes. Lidar com o que não gostamos refletido no outro não é nada fácil, mas se temos consciência, poderá se tornar terapêutico. E esse movimento consciente permitirá assumir nossos pontos de vistas, sermos integrais assumindo quem somos, não culpabilizar o outro por refletir o que nos incomoda, mas nos voltarmos para dentro de nós e evoluirmos.

Precisamos ajudar os nossos pequenos a entenderem que não precisam deixar de ser eles para estar ao lado de quem escolheu como amigo. Desta forma, o amigo não precisará de ser ele para estar com seu filho. Precisamos desenvolver o conceito de que estou para você, amigo, assim como você está para mim e, juntos, estamos para os outros. Agora imagina quão tamanha riqueza será desenvolvida com este diálogo maduro se agirmos assim, não é mesmo?

Aqui peço uma reflexão diante do que tenho presenciado nos inúmeros lugares que frequento: família, igreja, escola, clube, condomínio, etc. Pais que, basta os filhos reclamarem de um amiguinho, já tomam as dores, rejeitam o amigo e aconselham a arrumar outro: “Filho olha o tanto de crianças que tem aqui. Você não precisa deste amigo que não quer brincar ou fazer o que você deseja. ” Será que não está perdendo uma grande chance de preparar melhor esta criança para vida adulta e tudo o que esta vida envolve? É isso que quero mesmo para o meu filho, uma criança que descarta tudo que mexe com o que ela tem de bom ou ruim dentro de si? E cadê o diálogo? Não desperdicei desta forma uma possibilidade de desenvolver uma relação mais inteira? E para aguçar ainda mais o seu pensar, quero dizer que uma ação impulsiva e de enxergar só o outro e não encarar o seu filho tirará uma grande possibilidade de você conhecer a sua cria. Bom, espero que tenha feito você pensar um pouquinho que neste mundo atual, onde buscamos culpados e desejos satisfeitos você, na verdade, busque uma relação mais inteira com a sua criança, permitindo que ela cresça e você também evolua no seu papel de uma paternidade responsável.





terça-feira, 16 de agosto de 2016

Canal YouTuber Fabiola Sperandio








Canal do youtube sendo alimentado, mas já dá para assistir alguns vídeos. 

Formação continuada. Aprendendo todos os dias.

Acabei de receber os certificados de mais duas participações em cursos com temas da atualidade.  1- Nova lei do Bullying e como fica a responsabilidade da escola quando ele ocorre entre alunos por WhatsApp. 2- Os desafios para uma comunicação escola-família eficiente. Aprendendo todos os dias😉





segunda-feira, 15 de agosto de 2016

E agora mais essa: “Pokémon Go”




 agora mais essa: “Pokémon Go” 

Fabíola Sperandio Teixeira do Couto
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais


         Vamos falar sobre mais essa novidade que está atraindo as crianças e adolescentes, além dos adultos: caçada ao Pokémon.

         Foi criado um aplicativo que propõe um jogo de captura de Pokémon. Através dos dados do Google Maps "Pokémon Go”, espalham monstrinhos, PokéStops, nos ginásios e pelas ruas da cidade. Eles aparecem aleatoriamente pelo mapa, apresentando um nível de raridade e algumas condições geográficas. Monstrinhos de água, por exemplo, tendem a surgir perto de rios, lagos e mares. A proposta é que a pessoa ande por aí para encontrá-los e capturá-los. E para isso, basta arrastar a pokébola que aparece na parte de baixo da tela na direção do Pokémon encontrado.

       Alguns monstrinhos são mais difíceis de pegar. Mas nada que o treino não resolva. É aí que mora o perigo! O jogo, além de outras “modalidades” e atrações, envolve a pessoa em uma saga difícil de não levar ao vício.

     A liberação no Brasil ocorreu nesta quarta-feira (04.08.16) e no dia posterior, eu já procurei conhecer, entender e alertar para tal aplicativo por ver dezenas de alunos com o seu aparelho de celular nas mãos, andando de cabeça baixa, focados na tela em busca de seus monstrinhos e sua pontuação.
        
      E como lidar com mais esta ferramenta de envolvimento e distração? Como orientar nossos filhos sobre os riscos e consequências?

       Bom, isso não é nada fácil, mas não é impossível. Precisamos, primeiramente, buscar entender o motivo que levou o nosso filho a adquirir o aplicativo e se interessar por ele. O interesse foi: Por que “todo mundo” baixou? Por que sempre se interessou por jogos? Por que faz parte de um equipamento que ele não consegue tirar das mãos? Por fuga das demais atividades? Fuga emocional?

     Entender o interesse permitirá conhecer melhor o seu filho. Conhecendo-o, mais assertiva será a sua ação. É muito importante aproveitar esta oportunidade para trabalhar o autocontrole, a atitude de “Maria vai com as outras”, reforçar regras e valores familiares, impor limites.

          É preciso trabalhar com os nossos jovens que eles que têm que estar no controle de sua vida. Desfocar das tarefas diárias pelo “vício” de capturar esses bichinhos e adquirir pontuação ao ponto de não conseguir focar em mais nada, é muito preocupante. Qualquer dependência deixa de longe a vida saudável que devemos buscar. Hoje dependem do aplicativo e amanhã? O que os dominará amanhã?

          Não podemos fechar os olhos ou achar que esta fase da novidade passará e por isso vamos esperar de braços cruzados como meros espectadores. Vamos encarar esta novidade e transformá-la em crescimento e amadurecimento na relação familiar e no desenvolvimento do nosso filho.

           Crianças de 5 anos relatando que não conseguiram dormir porque estavam “brincando de Pokémon Go” não pode ser encarado naturalmente. Não é saudável este domínio. Temos que ler, entender e atuar rapidamente. 

           Mas e quando as crianças assistem a pais e mães focados na captura do Pokémons? Aí entra o bom senso destes adultos em agirem com maturidade e dosarem esta  “brincadeira” para que não permitam o domínio e ofereçam exemplo. Nada adiantará proibir, criticar se o adulto também está na “onda”. O discurso de que “sou adulto e tudo posso” não cola. Por ser adulto, espera-se que o bom senso e a responsabilidade gritem mais alto que a “moda”. Adultos com atitudes de adolescentes e crianças é outra preocupação que o mundo atual tem nos trazido, mas isso é assunto para outra hora.

          Já encontramos relatos de acidentes e situações desastrosas onde o aplicativo já era liberado: atropelamentos; abandonas de emprego; queda de rendimento escolar.  Espero que as famílias se atentem para isso antes de vivenciarem dores e consequências. 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

EDUCANDO MENINAS EM PLENO SÉCULO 21



EDUCANDO MENINAS EM PLENO SÉCULO 21

Fabíola Sperandio Teixeira do Couto
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais
Na semana passada postei um artigo falando sobre a educação de meninos nos dias de hoje. Agora, quero refletir com vocês sobre o educar meninas em pleno século 21 e com tudo o que ele oferece.
A chegada de uma menina sempre encanta a família. Logo os vestidos e os laços vão aparecendo em seu closet e o incentivo de se enfeitar e portar-se como princesa é discurso certo dos familiares. Mas será que esse modelo de ser uma princesa é o ideal nos dias de hoje? E o que é ser princesa? Os pais, focados em seus sonhos e modelos, acabam por impor uma série de caminhos que muitas vezes não irão corresponder ao perfil e desejo da filha. A menina de hoje tem apresentando um comportamento de muita independência e desejo de crescer com suas opiniões e escolhas respeitadas, mas isso não significa que temos que acatar e obedecer.
Afinal, ter vontades próprias tão precocemente não é sinônimo de maturidade e sabedoria. As meninas precisam muito da orientação dos pais em sua caminhada. Estamos presenciando pais se afastando da sua obrigação como promotores de reflexões sobre as escolhas, o que geraria amadurecimento para meros obedientes de uma argumentação tão esperta e perspicaz de sua cria. As meninas estão sim mais sábias para dobrar seus pais quando o objetivo é obter um sim para o que pretendem fazer e, acreditem, os pais, por omissão, facilidade ou fraqueza, estão cedendo e empurrando sua filha para um mundo de muita precocidade.
Senti necessidade de fazer o alerta por estar tão próxima desta geração do descompromisso com a reputação, respeito e pudor. Digo isso também baseada em dados. Hoje, estamos nos deparando com meninas cada vez mais jovens com comportamentos que, de longe, deveriam ter na idade de 8 a 18 anos. Com a era digital, a preocupação só aumenta. Meninas estão tão envolvidas com a tecnologia que a sua maior vivência social tem sido virtual. Dessa forma, o empobrecimento na relação, aquela relação que permite amadurecer com a troca presencial entre as amigas, tem ocorrido de forma superficial e muitas vezes leviana, através das redes sociais.
Precisamos estar atentos ao que nossas jovens meninas estão fazendo com aquele aparelho que compramos e colocamos com o mundo em suas mãos: o celular com internet. Precisamos nos perguntar sempre: em que idade minha filha está preparada para receber um aparelho celular que a coloca em contato com tudo e todos? Qual a necessidade de ter um celular? O celular da minha filha é privativo ou compartilhado com a família? O que é privacidade ou a partir de quando devo oferecer privacidade?
As pesquisas atuais trazem dados alarmantes quanto ao uso de celular. Uma pesquisa recente divulgou que de 8 a 10 meninas:
• Enviam uma média de 30 mensagens por dia;
• Publicam uma média de três selfs;
• 53% publicam mensagens e fotos com conotação sexual;
• 26% sofrem bullying virtual;
• 22% mandam nudes (imagens delas sem roupa)
*Fonte: Revista Veja – 20 de abril de 2016.
Quais são os malefícios de toda essa exposição pessoal ou o simples fato de acompanhar a exposição de celebridades e amigas? Vamos lá! Deparamos com crianças de seis anos que se encontram entristecidas por não se sentirem populares. O que é ser popular? Hoje, na cabecinha delas, ser popular é ser requisitada pelas amigas, convidada para todas as festas, ser copiada pelo que usa e ter lideranças em tudo, na escola, família e redes sociais. Ser popular, traduziu uma menina de sete anos, é ser uma celebridade na escola. Vamos pensar! Se adultos muitas vezes não possuem amadurecimento para “ser popular”, imaginem uma criança! E se adultos muitas vezes nos surpreendem com atitudes imaturas por não serem destaque, imaginem uma criança. O que estamos fazendo com a cabecinha das nossas meninas?
Atendi uma garotinha de 10 anos em meu consultório que chorava muito dizendo que a sua mãe não se conformava por ela (a criança) não ter sido convidada para a festa de uma colega cuja família era importante para a mãe dela. Com isso, a criança estava se sentindo culpada pela frustração da mãe. Como poderia ter feito a mãe tão triste por não ter sido convidada, indagava. A mãe tão focada na possibilidade do encontro social não percebia o mal que fazia à filha. Muito menos tinha consciência da mensagem que estava passando a ela, quais valores ela estava aprendendo com essa atitude (tenho que ter e não ser). 
As meninas também estão sofrendo com a ditadura da moda. O que é belo não pode se sobrepor ao que eu tenho de belo. Precisam focar nas suas qualidades: “minha beleza interna faz brilhar o que sou externamente? Infelizmente isso não tem sido aprendido. As nossas crianças estão buscando se vestir como mulheres, querem se expor como atraentes e belas para que sejam notadas. Notadas por quem? Está aí uma preocupação que muitos pais estão deixando passar. 
Outra situação bem comum é assistir a crianças e adolescentes tão focados no que as redes sociais ditam que o estudo tem ficado para terceiro ou quarto plano. Acessar a internet tem sido um vício. Preocupar-se com o que estão vestindo, festas e saídas até para dormir fora de casa tem ocupado o lugar das atividades escolares e extras (esporte, música etc.).
Mas por que isso tem acontecido? Porque estamos incentivando uma vida social que nem sei dizer se é correta no mundo adulto, mas que, com certeza, não aconselho para o mundo das nossas crianças. Comecei a escrever falando sobre a educação de meninas porque embora perceba que muitos meninos têm sofrido com essa tal modernidade são elas, nossas meninas, que têm sido as maiores vítimas da nossa omissão, incentivo à precocidade e, porque não dizer, da nossa irresponsabilidade em não abrirmos os olhos para o que as nossas pérolas estão se interessando e com o que estão se envolvendo.


quarta-feira, 8 de junho de 2016

SOU PAI/MÃE DE UM MENINO!

SOU PAI/MÃE DE UM MENINO!



Fabíola Sperandio Teixeira do Couto
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais


Existe diferença entre a criação de menino e menina? Você já parou para pensar sobre isso? Quero refletir sobre o que temos ensinado aos nossos meninos. São tantos acontecimentos atualmente que percebo as famílias voltadas para a reflexão de qual tem sido a sua colaboração na criação dos filhos. Falando em meninos, posso destacar com tranquilidade que ao receber a notícia da chegada de um garotinho à família, vários comentários já começam a surgir entre os familiares. Comentários que só são feitos ao gênero masculino: “Segurem as cabritas que o bode chegou”; “Mais um macho para honrar a família”; “Já temos o nosso time de futebol com esse artilheiro”, entre tantas outras frases de comemoração entre os membros do mesmo sexo da família.
Sem perceber, perpetuamos através das frases um comportamento instalado há muitos anos, que nada tem a ver com o momento e a evolução que vivemos, ou deveríamos viver. Um menino, ao chegar, não pode trazer consigo a perpetuação de um comportamento que o faz sentir-se responsável por dar continuidade ao que os adultos do mesmo sexo, às vezes, nem mais acreditam, porém reproduzem falas por tradição. Tradição? 
Precisamos entender o menino de hoje. Primeiro, as famílias e as escolas precisam perceber que os meninos e as meninas possuem diferenças e que as diferenças são comuns entre as pessoas, o que significa que somos diferentes independentemente do gênero: masculino e feminino. Se acreditamos nisso, derrubamos a tradição de determinados comportamentos, como, por exemplo, a escolha da profissão, os tipos de brincadeiras e vocabulários. Meninos e meninas precisam ser criados para:
• Serem gentis com as pessoas. Independentemente se são meninos ou meninas, criança ou idoso, todos merecem respeito e um vocabulário adequado.
• Que ambos sejam importantes, que possuem a mesma capacidade intelectual e podem experimentar o aprender das habilidades e competências. Não é o sexo que determinará se aprenderão ou não determinado conteúdo e sim a dedicação e determinação.
• Serem colaboradores nas tarefas domésticas. Que arrumar uma cama, secar uma louça ou qualquer outra tarefa só os tornará pessoas mais preparadas para vida: morar fora por motivos de estudo; criação de filhos e uma vida matrimonial colaborativa.
• Que entendam que ambos são importantes no mercado de trabalho. Cada um terá a chance de mostrar suas habilidades e competências e colherem o fruto do sucesso. Que não se determina o provedor pelo gênero e sim, pelo momento que cada um se encontra profissionalmente.
• Que a escolha do esporte é por afinidade. Que ambos podem se destacar em qualquer modalidade esportiva e ser respeitados por suas escolhas.
• Que percebam que a sensibilidade não os tornará menos ou mais. Que saibam perceber que podem expressar suas emoções sem julgamentos ou que isso os transforme em um chorão e/ou uma sensível. Que meninos e meninas choram, sensibilizam, são empáticos, solidarizam e que esse conjunto os torna humanos.
• Que meninos e meninas sejam expostos apenas ao que diz respeito a sua idade. Que jamais sejam agredidos com a inserção à pornografia, por exemplo, que não sejam estimulados ao “papel de machão” e “princesa moderna”. Que durante a sua vida infantil até a adolescência meninos e meninas sejam respeitados e não estimulados a relacionamentos: paqueras e namoros (muitas vezes ensinamentos de frases e gestos para meninos “pegarem” meninas).
Enfim, se ensinamos aos meninos os valores éticos e morais, não iremos deparar com jovens e adultos sofridos em relações desastrosas porque não se respeitam e não sabem respeitar. Se a criança cresce estimulada a entender as diferenças além do gênero (masculino e feminino), evitaremos situações de constrangimento entre meninos e meninas, rapazes e moças, homens e mulheres, ao depararem com assédio, deselegância no vocabulário e ações preconceituosas.
 
Meninos precisam ser entendidos e respeitados em suas diferenças. Meninas precisam ser entendidas e respeitadas em suas diferenças. Entender e respeitar as suas escolhas e não impor o como devem se portar, escolher ou tratar o outro. Encontramos, em pleno século 21, pessoas que ainda criam os seus filhos, quando falamos na criação diferenciada de meninos e meninas, como o início dos tempos, lá na idade da pedra. Tenho absoluta certeza de que, ao ler “idade da pedra”, veio a sua memória a cena de um homem arrastando uma mulher pelos cabelos em um sinal de poder e submissão que não pode existir mais. Quem tem um filho, um menino, tem a missão de adequar a sua criação, deixando um legado de respeito e igualdade para que possamos ter um mundo melhor. Que meninos e meninas entendam que estão aptos à convivência saudável neste mundo que muitas vezes apresenta sinais de estar adoecido.


quarta-feira, 1 de junho de 2016

CONTINUAREI RECONHECENDO MEU FILHO COM O PASSAR DOS ANOS?



CONTINUAREI RECONHECENDO MEU FILHO COM O PASSAR DOS ANOS?



Fabíola Sperandio Teixeira do Couto
Pedagoga- Psicopedagoga
Terapeuta de Família e Casais


Foram vários dias pensando naquela mãe. Vários dias refletindo sobre as suas palavras. Refiro-me à mãe do fã que protagonizou uma cena de novela com uma apresentadora famosa. O que leva uma mãe a ser tão surpreendida com um ato repentino de seu filho? Seria algo repentino ou ignorou os sinais? Quais os “nossos pecados” como pais? 
É exatamente essa reflexão que pretendo promover. Um jovem por volta dos trinta anos foi, um dia, uma criança e um adolescente. Todas as nossas atitudes paternas contribuíram de alguma forma para alertar (porém sem sermos ouvidos), camuflar (omissão) ou exacerbar suas atitudes. Um homem de trinta anos já é capaz de responder por seus atos, mas vamos voltar lá na infância. Não me refiro à infância desse desconhecido, mas irei refletir sobre o nosso papel de pais na infância de nossos filhos.
Geramos uma série de expectativas sobre as nossas crias quando nascem. Sonhamos por eles, desejamos por eles e projetamos um futuro promissor para os amados filhos. E dentro desse caminhar, muitas vezes os olhamos com os olhos dos nossos sonhos e deixamos o olhar da realidade de lado. Não queremos ver que algo está os desviando do que foi projetado. E é aí que mora o perigo ou moram os perigos. Primeiramente, precisamos compreender que não podemos projetar os nossos desejos para que o outro os concretize. Quem somos nós para determinar o futuro para os nossos filhos? Esse é o nosso papel? Não! O nosso papel é nortear, conduzir e orientar nossos rebentos em seu caminhar. Mostrar os valores éticos e morais e não os permitir desviarem-se deles. Já quanto à profissão e a outras decisões futuras, precisamos permitir que façam as suas escolhas responsáveis e assumam as consequências. É um grande erro colocar o peso de nossos sonhos nos ombros de quem acabou de chegar a nossa família: o nosso bebê.
 
O segundo grande erro é não querer enxergar que o nosso filho está com um comportamento diferente. Aceitar tudo como: “é o jeito dele”; “Tadinho, ele é tímido”; “Não consegue controlar seus impulsos, preciso aceitar!”; “Fica horas no quarto entretido com a internet, nem dá trabalho.” Educar é diferente de ser legal ou complacente. Há pais que querem ser amigos, “gente boa”, “legalzão” e incluem a aceitação de tudo neste pacote. Pode até ser repetitivo, mas pais precisam ser pais. Primeiro lugar, a missão da paternidade. Com o tempo, os pais também se tornam amigos, desde que a missão maior já tenha sido arraigada na criação.
A mãe citada inicialmente insiste em ressaltar que seu filho era incapaz de protagonizar tal cena. Ela o via como um filho exemplar, pacífico, amoroso, que a levava ao cinema e vivia em casa, no quarto, chamando-o de caseiro e companheiro. Seu amor extremado a impedia de achar estranho um homem de 30 anos ainda permanecer no lar dos pais, não ter emprego e viver só no quarto, na internet. Como tinha atos educados e gentis, era tido como acima de qualquer suspeita de desvio de conduta. Será que ao longo de sua infância não demonstrou comportamentos que poderiam ser vistos como sinal de alerta?
Mas a que devemos atentar no comportamento de nossas crianças?
 
• Seu filho consegue interagir com as outras crianças ou prefere se isolar ou ficar com adultos?
• Tem hábito de contar sobre as suas aventuras escolares ou nos parques ou sempre se incomoda se é indagado de como foi seu dia? 
• É carinhoso com todas as pessoas ou apenas com alguns escolhidos?
• Percebe que age em busca de ganhos secundários ou seus atos são naturais?
• Possui fixação por algum brinquedo e chega a não o dividir ou tem preferência por determinado brinquedo, mas sem ser tão egoísta?
• Percebe que tem uma fala fixa em determinado assunto ou fala livremente sobre tudo?
• Deixa tudo em seu quarto com livre acesso a todos ou às vezes o encontra assustado com uma entrada repentina de alguém?
• Seus aparelhos eletrônicos são divididos facilmente com todos ou se irrita com a possibilidade da aproximação dos mesmos? 
 
• Mantém uma postura cortês com estranhos e em casa se mostra introspectivo e é gentil apenas com um membro familiar (o escolhido)?
 
• Possui falas carregadas de sentimentalismo e insegurança, mostrando até uma atitude possessiva (“não sobrevivo sem você, minha mãe!” ou “se fulano me largar, eu morro!”)?
• Tem atitudes e falas que remetem ao campo fértil do imaginário trazendo algo distante de seu cotidiano?
• Demonstra uma carência enorme mesmo estando em um lar amoroso?
Essas não são regras e muito menos uma receitinha de observação, mas apenas um conjunto de situações às quais devemos ligar o alertar e procurar intervir de maneira efetiva e eficaz para resgatar as nossas crianças e adolescentes para o mundo familiar. Muitos jovens mergulham no mundo virtual e fazem dele o seu mundo. Depois, a qualquer revelação que mostre que a realidade é outra, a desestruturação de sua criação imaginária o desestabiliza, trazendo sérios estragos emocionais.
Muitos jovens entram em redes sociais sem o mínimo de amadurecimento para tal. Não sabem diferenciar o que é real do que é postado. Chegam a se sentirem íntimos de determinadas pessoas por acompanhá-las tão de perto. Muitas vezes até se tornam insatisfeitos com a vida que possuem por acreditar que a vida do outro é muito mais feliz, agitada e recheada de prazeres. Os deveres e os dissabores não são postados nas redes sociais, em sua maioria.
 
Precisamos estar bem próximos de nossos filhos. Questione tudo o que aparecer por parte deles: precisam estar em redes sociais antes dos 15 anos? São necessárias saídas aos shoppings com amigos sem a presença de adultos? Estão preparados para dizer não àquilo que já internalizaram como regras e valores familiares? Precisam dormir fora de casa para se divertirem com amigos (lembrando que não temos garantias do que assistirão no lar alheio)?
Entre essas e outras que, ao deparar com ações inesperadas de jovens de uma classe social onde puderam frequentar bons lugares, tiveram pais presentes e contam com depoimentos de familiares que se mostram espantados com o resultado final da cria conhecida de todos, é que me pergunto: por que permitimos que a emoção se sobreponha à razão no que diz respeito à criação de nossos pequenos? 
Voltando ao caso inicial, como um homem de 30 anos chega a essa idade sem estudo e sem trabalho, só focado na internet e a família ainda vê normalidade? Por que acabamos por fechar os olhos para atitude do amor platônico e não conseguiram ver os exageros postados para apresentadora? De que forma esse adulto conseguiu dinheiro para viajar, hospedar-se e comprar uma arma? Será que não era beneficiado por se portar como bom filho e, talvez, o ganho secundário da mãe diante de um filho amoroso não a fez oferecer tudo o que o mesmo necessitava, gerando a acomodação? O que o fazia ter motivação para cuidar do físico, uma vez que era o único lugar em que tinha assiduidade era a academia? Uma pessoa deprimida por ociosidade não consegue ser disciplinada para exercícios físicos e culto ao corpo. 
São essas e outras indagações que me levam a pensar em como estamos agindo com as nossas crianças. Estamos atuando como pais que motivam os filhos a irem à luta dentro da realidade ou os poupando de enfrentar os deveres da vida por acreditar que precisam ter o que não tivemos? Teremos uma geração de vitoriosos e bem-sucedidos emocional e profissionalmente ou uma geração de jovens focados nos direitos, até mesmo o direito de posse de alguém que ele imagina ser uma pessoa que corresponda a seu amor platônico? Nossos filhos saberão lidar com as frustrações, rejeições e decepções ou farão qualquer coisa para obter a realização dos seus desejos? Será que, quando não frustramos nossos filhos não estamos enviando a mensagem de que são príncipes e princesas e podem tudo?
 
Que possamos aprender com cada episódio que a vida traz. Que possamos aprender diariamente a ser pais mais focados em ensinamentos a curto e longo prazo. Que a permissividade e a cultura do consumismo estejam cada vez mais distante de nossos amados filhos. Que possamos trabalhar o valor moral e ético com sabedoria e maturidade. Que a recompensa seja nunca passarmos por situações como a estampada em todos os jornais e redes sociais, trazendo um dor a todos que ninguém conseguirá amenizar.